A transformação digital no mundo do Direito não é uma opção ou uma tendência, mas uma realidade – e extremamente necessária!
As discussões sobre os avanços da tecnologia e a adesão à inovação nesse segmento passa tanto pelas universidades e produção de conhecimento, quanto pelo uso prático, em escritórios de advocacia, por exemplo.
As lawtechs (ou legaltechs) são exemplos que ilustram esse universo que está se pavimentando. Esses termos são usados para empresas e escritórios que prestam serviços jurídicos valendo-se de soluções inovadoras e tecnológicas, tendo como objetivo facilitar e otimizar a prática advocatícia, conectar profissionais e cliente e aprimorar as relações e trocas profissionais na área.
De acordo com a AB2L (Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs), atualmente existem centenas de startups jurídicas atuando no país.
Você pode estar pensando: mas como, afinal, um escritório tradicional pode ser beneficiado ou se relacionar com as lawtechs?
Bem, embora a relação entre escritórios tradicionais e startups jurídicas seja altamente assimétrica, afinal, as startups existem em muito menor quantidade, os escritórios podem (e devem!) usar alguns recursos tecnológicos para tornar a atuação profissional mais eficiente e, de quebra, acelerar as rotinas de profissão.
Nos tópicos abaixo compilamos os principais impactos que a transformação digital está promovendo na área do Direito. Vamos lá?!
Principais impactos da transformação digital no mundo do Direito
Os impactos que o mundo jurídico vem percebendo ao longo desse processo de digitalização e inovação no setor estão principalmente ligados ao aumento de eficiência, menos tempo para julgamento de processos (uma queixa, até então, praticamente unânime), menos tempo gasto nas rotinas jurídicas e judiciais e maior transparência.
Esses avanços têm dois principais propulsores: a grande quantidade de advogados e profissionais do Direito formando-se a cada ano e o avanço tecnológico voltado ao setor.
Você, profissional, já pode ter ouvido por aí que as profissões do Direito, ou pelo menos a maioria, podem acabar devido às novas tecnologias.
Mas a verdade é que essa profissão não corre risco de extinção pois, mesmo que recursos digitais ajudem e otimizem os procedimentos, cada caso requer análises subjetivas e atenção a detalhes, nuances e especificidades que apenas o trabalho humano consegue entender e atender.
Mas não podemos e nem devemos negar que a junção homem-máquina fez o mundo do Direito alcançar novos patamares e eu vou explicar por quê.
Dentre as principais novidades adotadas e incorporadas pelas lawtechs que podem beneficiar os escritórios tradicionais, acelerando e aprimorando os ciclos processuais e os serviços, de modo geral, podemos destacar:
Jurimetria e Analytics
Com a junção de jurimetria e analytics, é possível ter um melhor entendimento sobre a forma de julgamento de alguns casos. Isso é possível graças à coleta de dados existentes no setor jurídico.
É possível, também, mensurar o êxito do processo de acordo com sua categoria e a jurisprudência.
Esse tipo de inovação ajuda a adotar abordagens mais assertivas, correndo menos riscos.
Automação de processos e gestão
Existem no mercado softwares desenvolvidos exclusivamente para o setor jurídico e para a prática advocatícia.
O uso desses programas permite automatizar processos como preenchimento de documentos, contratos, protocolos e por aí vai.
Fato é que embora não ainda não se tenha mensurado a quantidade exata de tempo que escritórios gastam executando essas tarefas, sabemos que consome uma grande carga-horária, o que resulta em perda de eficiência e mais requisição de mão de obra, gerando, desse modo, mais custos.
Escritórios podem economizar muito tempo e recursos ao utilizarem esse tipo de tecnologia.
Mediação online
A sociojurídica, de modo geral, incentiva processos de autocomposição ou heterocomposição. Havendo a necessidade de mediação, deve-se contar com a agenda do mediador e dos envolvidos.
Nesse processo, é necessário efetuar a deslocação e, muitas vezes, esse é um empecilho.
Uma das soluções inovadoras voltadas à solução de conflitos inclui o uso de softwares específicos para essa finalidade, oferecendo recurso de negociação, arbitragem e mediação.
Esse recurso é especialmente útil para as varas trabalhista e da família.
Mas atenção: é importante lembrar que não são apenas escritórios de advocacias que podem se valer dessas (e outras) soluções inovadoras!
Diversos órgãos públicos vêm desenvolvendo soluções tecnológicas e altamente eficientes para gerir processos e rotinas. Exemplo disso é a Defensoria Pública do estado de São Paulo.
A instituição precisou acelerar sua automação e digitalização durante a pandemia.
No início da crise, os atendimentos eram feitos por contato telefônico e WhatsApp, mas, como uma forma de instrumentalizar essa prática, criou-se o “Defi”, um assistente virtual que o usuário tem acesso por smartphone ou computador.
Após preencher alguns dados básicos, o sistema “entende” a natureza do caso e dá os direcionamentos adequados.
São soluções como essas, que oferecem produtividade, acessibilidade, eficiência e redução de custos que a Rede+ incentiva e busca proporcionar!
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