Planejamento em tempos de pandemia, como fazê-lo? Com exceções de alguns executivos(as) chineses(as) que já acompanhavam o avanço do COVID desde o final de 2019 na China, nem os(as) CEO’s e comitês de crise das maiores empresas previram em seus planejamentos estratégicos uma pandemia mundial no século XXI. Inegavelmente, a crise mundial de saúde deu adeus a todos os planejamentos de 2020 que foram desenhados no ano passado. E, agora, caminhando para o 3º mês de isolamento social, queremos responder a duas questões básicas: É possível se planejar neste momento? De que forma?
O cenário é de muito trabalho, aceleração dos processos e agilidade para minimizar o impacto da crise. O ritmo é outro, mas é possível SIM se (re)planejar. Desde que consigamos encarar e compreender este momento no Brasil e no mundo, e os impactos desta pandemia na nossa realidade, compartilhamos aqui alguns pontos fundamentais para o seu processo de planejamento do 2020 durante e pós-crise do COVID.
1. Saúde mental e emocional
A princípio, em tempos de pandemia, com desafios econômicos, crises políticas e sociais e um turbilhão de informações e notícias (não tão boas), manter o equilíbrio emocional talvez seja um dos maiores desafios. Estar consciente da importância deste equilíbrio da saúde mental e emocional é fundamental para seguir nesta jornada com obstáculos e ter sucesso! Por isso, elencamos alguns pontos importantes para esta primeira etapa de planejamento na pandemia: Cuidar de si e estar bem para (re)planejar!
- Autocuidado – reserve um momento para práticas intencionais de observação e cuidado de sim mesmo(a). Pode ser um momento de yoga, a prática de atividades físicas, leituras, cuidados com o corpo ou meditação.
- Boa alimentação e água regularmente – foco, rotina e pequenas recompensas. Tenha sempre à mão a sua garrafinha!
- Buscar ajuda (se necessário) – há muitos movimentos, terapia e grupos de escuta ativos neste momento, inclusive gratuitamente, fortalecendo a necessidade dos espaços de autocuidado e acolhimento.
- Atenção à quantidade e qualidade de notícias! – Cuidado com a infotoxicação, ou intoxicação com excesso de notícias negativas, que impactam diretamente o nosso emocional. Hora de dar uma chance a novas/velhas atividades e pausar um pouco das notícias não necessárias.
2. Para o sucesso do seu planejamento na pandemia: Entendendo o cenário
Apenas após o equilíbrio da saúde mental e emocional, pode-se ter um pouco mais de clareza para entender o momento atual. Passa-se então para a observação dos fatos e posterior análises de cenários, mudanças de comportamento e tendências. Portanto, só com tranquilidade para analisar e compreender estes movimentos do mercado, do público consumidor e do segmento, será possível (re)planejar as ações estratégicas e metas diante destas novas formas de relacionamento, produção e consumo. Para o seu planejamento na pandemia é importante pensar nos seguintes pontos:
- Como a pandemia impacta o meu negócio?
- É possível comercializar o meu serviço/ produto neste momento?
- De que forma? Quais os ajustes necessários em meus processos (comunicação, produção, embalagem, logística, transporte, entrega, pós-venda)?
- Como a minha marca agrega ao meu público?
- Quais as mudanças do meu setor?
- Como meu segmento está se posicionando?
- Como realizar a transformação digital do meu negócio?
Em síntese, estes são alguns questionamentos importantes para refletir e responder neste momento, observando e compreendendo desde o comportamento do consumidor até às medidas tomadas diariamente por governos, instituições financeiras, sindicatos, entre outras organizações, que influenciam direta ou indiretamente no negócio.
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3. Planejamento na pandemia, para além do financeiro…
Logo após de avaliado o cenário e compreendido estes impactos, vamos replanejar as ações estratégicas, táticas de ação e reconsiderar as metas, diante do novo cenário. Afinal, especialistas em finanças pessoais afirmam que planejamento é a palavra de ordem do novo mundo financeiro imposto pela pandemia e a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) já mostra que, de cada dez brasileiros, quatro deles já tiveram perda de renda com a crise.
Contudo, vale ressaltar que o planejamento vai muito além de pensar redução de despesas, negociação de fornecedores e acordar novos prazos de pagamento. Primeiramente, precisamos avaliar e considerar no planejamento estratégico todas as esferas da empresa, extrapolando o setor financeiro. É extremamente necessário repensar por exemplo, a forma de relacionamento com os públicos, o processo de branding, o posicionamento digital, o desenvolvimento da inserção/transformação digital, os canais de comunicação on e offline, produção de conteúdo e relevância diante do público, adequações necessárias no processo de produção e atendimento, novos produtos, formas de atendimento e venda, pagamento, política de descontos e cupons, e de prestação de serviço, mudanças na logística, compra de materiais, forma de transporte, embalagem e entrega.
Em segundo lugar, é importante também considerar as oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos e as relações de custo, tendência, preço, proposta de valor e automação de processos, além do treinamento de equipes para atender com excelência a estes formatos e serviços/produtos recém-criados. Também é preciso considerar todas as etapas da jornada do produto/serviço e a experiência e contato com o cliente.
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4. Teste, e teste rápido.
Mas como pensar, criar, reajustar tudo isso em meio a tantas mudanças (diárias)? Visto que outro grande desafio deste momento é a necessidade de adaptação e readaptação, em ritmo acelerado e sem (ainda) uma perspectiva clara do novo redesenho da sociedade, dos processos e dos negócios. A dica aqui é direta do ecossistema de inovação e startups: Teste e teste rápido. Erre. Aprenda. Faça de novo melhor.
O planejamento na pandemia deve ser um material guia simples, prático e acessível a qualquer tempo para ajustes, atualizações e novas orientações. Principalmente neste momento de mudanças rápidas e incertezas das condições no futuro, deve atuar como ferramenta auxiliar no estratégico e operacional. A princípio, o planejamento deve focar no curto prazo, sendo de acesso fácil e atualização rápida para equipe gestora. Assim, com o passar do tempo e o avanço da curva da pandemia, conseguiremos também ter maior estabilidade no cenário e retomar as previsões de cenários a médio e longo prazos.
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5. Bem Vindx ao Novo Normal
O planejamento estratégico na pandemia também passa por identificar tendências e saber adaptar-se a estas novas práticas, ao novo normal. Elencamos aqui 3 principais mudanças:
Relações de trabalho
1. Nas Relações de trabalho o trabalho home office, antes não oficial por parte de muitas empresas, migra para o trabalho remoto de forma estruturada e de acordo com processos e manuais. Por exemplo, um estudo da FGV aponta que o home office deve subir 30% pós-COVID. Similarmente, um estudo da Cushman&Wakefield sinaliza que 40% das empresas que atualmente estão em home office ou trabalho remoto, não pretendem voltar para as estruturas físicas após o fim do isolamento social.
Assim, esta mudança acaba por impactar também uma transformação nas relações de trabalho entre a organização e o(a) colaborador(a). Um novo perfil de liderança é necessário, bem como flexibilidade de horários, novas formas e ferramentas para gestão e monitoramento da produtividade à distância, estabelecimento de trabalho por metas ao invés de carga horária / hora de trabalho, formatos mais colaborativos, novos contratos de trabalho autoregulados e estabelecidos diretamente entre empresa e funcionário(a) e novas ferramentas online de gestão, são algumas das “novidades”.
Transformação Digital
2. Já no que diz respeito ao processo de Transformação Digital, nos relacionamos cada dia mais com marcas e empresas no ambiente virtual e saem na frente as organizações com comunicação físico-digital integradas. Portanto, a prática da compra online é irreversível, seja no e-commerce ou Marketplace, e a comunicação multicanal é uma necessidade neste novo modelo de comunicação e construção de relacionamentos com seus públicos. Questões como diversidade, sustentabilidade e responsabilidade social por parte do público-consumidor estão cada vez mais em voga, e exigem um reposicionamento rápido, verdadeiro e profundo das organizações sobre estes temos. Dessa maneira, o(a) consumidor(a) está atento(a), exigente e mais consciente e responsável das suas escolhas. Coerência e autenticidade são valores inerentes, agora, a todas as organizações. (E isso é ótimo!)
Novos hábitos
3. Por fim, identificamos mudanças significativas em relação aos Novos hábitos: Cuidados maiores com a higiene serão incorporados, para além da pandemia. Assim como, visitas ao médico e terapias online ganharão espaço através do uso, normatização e anuência dos planos, associações e conselhos de saúde sobre o uso da telemedicina; compras online (como citamos anteriormente por e-commerce ou marketplace) em atividades antes comuns como supermercados e farmácias ganharão mais espaço e os estabelecimentos se adaptam para atender esta nova forma de logística. Por fim, a consolidação do ensino à distância com ferramentas cada vez mais especializadas de e-learning e o movimento do DIY – Do It Yourself = “Faça Você Mesmo”; bem como atividades e serviços que tornam a casa um espaço melhor para convivência e usufruto como streaming e internet também ganham espaço nesta nova normalidade.
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