Entre as muitas mudanças para o pós-pandemia, uma que estará cada vez mais no debate são as cidades inteligentes. Estas cidades são aquelas centradas nas pessoas e capazes de proporcionar serviços que otimizem o uso de recursos naturais, o consumo de energia e a mobilidade, entre outros.
Mas como colocar essa construção em prática?
A resposta está longe de ser simples, mas hoje já se entende que a cidade do futuro é aquela capaz de contemplar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
Portanto, o desafio é refazer, redesenhar as cidades existentes de um modo inteligente e inclusivo. São as cidades inteligentes ou smart cities, grandes exemplos de inovação no setor público.
O que são cidades inteligentes?
Cidades inteligentes são locais que usam seus recursos de forma estratégica e otimizada. Em síntese, o foco é na capacidade de melhorar a qualidade de vida da população e alavancar o desenvolvimento econômico e social por meio de sistemas e serviços.
Para que a cidade seja considerada inteligente, é preciso que se incorporem três pontos essenciais: infraestrutura, planejamento e inteligência de pessoas empreendedoras e criativas.
Alguns exemplos que ilustram essa inteligência são:
- Plataformas de democratização digital e que incentivem a participação da população nas decisões coletivas;
- Semáforos integrados, ciclovias e outras iniciativas que melhorem a mobilidade;
- Prédios com sistemas automatizados, medidas de eficiência energética, infraestrutura digital e internet das coisas;
- Preservação ambiental por meio de planejamento urbano para poluição, emissão de gases e acesso à água potável;
- Planos locais para a indústria, inovação e iniciativas empreendedoras.
Cidades inteligentes no mundo
Um dos melhores exemplos de cidade inteligente é Barcelona. Com projetos de Internet das Coisas (IoT), foram gerados pelo menos 47 mil empregos. Fora isso, foram economizados 42 milhões de euros em apenas um ano.
A cidade também investiu na gestão de resíduos, implantando escotilhas em toda a cidade. Assim, o lixo passou a ser recolhido de hora em hora durante os sete dias da semana por meio de uma tubulação e depois é transformado em combustível para gerar eletricidade para a região.
Os sensores inteligentes e análises de big data também foram aplicados a várias outras esferas como estacionamento e transporte, qualidade do ar e irrigação de terrenos.
Cidades inteligentes no Brasil
No Brasil, destaca-se a iniciativa Croatá Laguna EcoPark, a primeira cidade inteligente voltada para habitação social no mundo. O projeto fica em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Por exemplo, o projeto, do grupo italiano Planet Idea, foi criado para moradores de baixa renda e deverá contar com uma infraestrutura tecnológica avançada baseada em quatro pilares: arquitetura, meio ambiente, tecnologia e inclusão social.
Observando o ranking global de cidades inteligentes, o Brasil está muito atrás de outros países que compõem o G-20. Por ora negativa, esta colocação demonstra o potencial de inovação do país para os próximos anos.
Desafios para a construção de cidades inteligentes
Dada a complexidade de conseguir articular tantos setores da sociedade, é compreensível que sejam muitos os desafios para a construção de cidades inteligentes.
Já que, muitas vezes tais projetos esbarram nos processos mais burocráticos da gestão pública, o que pode ser revertido com várias iniciativas:
Como superar esses desafios?
Criar uma cultura de inovação no setor público é o primeiro passo para a transformação das cidades em um lugar mais inteligente e inclusivo.
É preciso, claro, considerar o contexto: existem a hierarquia, a aversão a riscos, as leis e a falta de diversidade neste setor, mas os esforços de inovação não devem ser abandonados por conta destes fatores.
Então, você já imaginou como seria fazer a declaração de Imposto de Renda hoje se os recursos digitais não estivessem presentes?
Assim, é essencial criar uma comunidade inovadora com os próprios servidores, com programas de educação intraempreendedora, mentoria e desenvolvimento tecnológico.
Ao mesmo tempo, é possível promover programas mais intensivos como as maratonas de inovação e hackathons. Muito eficientes, essas metodologias têm como objetivo a criação e desenvolvimento de soluções para desafios reais de organizações, sejam elas públicas ou privadas.
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Outro ponto muito relevante para a inovação nas cidades é uma liderança pró-inovadora, que tenha as habilidades técnicas somada a criatividade, flexibilidade e curiosidade.
Desta forma, a inserção do setor público em ecossistemas de inovação será facilitada, assim como a articulação com os diferentes segmentos da sociedade.
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Por fim, a tecnologia é mais uma aliada para prover melhores serviços para os cidadãos. Não apenas é fundamental para diminuir problemas relacionados à burocracia, à transparência e ao acesso aos serviços, como também é apoio na gestão dos recursos, gerando mais economia e desenvolvimento.
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